09 setembro 2010

O nascimento de um pressuposto

Partindo de trecho do texto "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica" (1936), de Walter Benjamin (1982-1940):

Logo após expor a opinião de um crítico (ou sei la o que esse tal de Duhamel fazia da vida), que dizia: "[o cinema] trata-se de uma diversão de párias, um passatempo para analfabetos(...) um passatempo que não requer nenhum esforço......", Benjamim é traduzido para o português desta maneira:

"
(.........)
Vê-se bem que reencontramos, no fim de contas, a velha recriminação: as massas procuram diversão, mas a arte exige a concentração. Trata-se de um lugar comum; resta perguntar se ele oferece uma boa perspectiva para entender o cinema. Necessário, assim, esmiuçar o assunto. Afim de traduzir a oposição entre diversão e concentração, poder-se-ia dizer isto: aquele que se concentra, diante de uma obra de arte, mergulha dentro dela, penetra-a como aquele pintor chinês cuja lenda narra haver se perdido dentro da paisagem que acabara de pintar. Pelo contrário, no caso da diversão, é a obra de arte que penetra na massa.
(..........)"

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