29 abril 2010

campos ■ cage









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SP-ARTE

Esse ano um querido pai de um querido amigo expõe nessa tal "maior feira de galeria de galerias de arte do Brasil", ele se chama Martín Gurfein, argentino residente em São Paulo, com obras muito paulistas e porteñas a la vez... Vejam por mim ;)



28 abril 2010

Vejam!


"Os famosos e os duendes da morte"

O nome é estranho, mas o filme é obra-prima, brasileira, e deve ser a sua última semana em cartaz. Aviso agora, pois só descobri ontem mesmo...

27 abril 2010

gordon matta-links




http://barkwall.wordpress.com/gordon-matta-clarks-building-dissections/
Gordon Matta-Clark’s Building Dissections
entrevista de matta-clark à donald wall
 
http://www.tate.org.uk/research/tateresearch/tatepapers/07spring/attlee.htm
Towards Anarchitecture: Gordon Matta-Clark And Le Corbusier
texto de James Attlee no site da tate...

http://www.mam.org.br/2008/portugues/exposicaoDetalhes.aspx?id=91
De lápis em punho
Entrevista com Jane Crawford no site do mam


21 abril 2010

KARINA BUHR

É MASSA

musica boa com sotaque bom, lançou disco novo no começø do ano... no site da pra ouvir todas as faixas:

http://www.karinabuhr.com.br/

20 abril 2010

17 abril 2010

It´s better then Monopoly!

Villa Ruiz - documentário?

Meu último trabalho prático ano passado consistia em ir a uma vila nos alrededores de Buenos Aires e, de lá, fazer qualquer coisa em um audiovisual com duração indeterminada. A única restrição era que tivesse, como título, o nome do lugar a ser "retratado". Após muitas visitas, contatos íntimos com uma família, e um intenso trabalho com alguns dos 400 moradores da vila, terminamos por fazer um "documentário experimental" nos moldes do que Eduardo Coutinho chama de fazer um filme, não sobre as pessoas, senão com elas. Eis aqui a versão entregue a nossa faculdade:

Villa Ruiz - legendado from Lorena Pazzanese on Vimeo.


Depois de tanto envolvimento com os moradores de Villa Ruiz, nos sentiamos responsáveis em entregar a eles um material ao nível do que eles mesmo esperavam de nós quando toparam contribuir para o projeto. Assim que, para "agradar as expectativas" daqueles que nos ajudaram, fizemos uma nova versão do video, incluindo e retirando partes que, a nosso ver, eram aquelas que correspondiam ao que eles esperavam ver de si mesmos num filme sobre, afinal, eles mesmo.


Villa Ruiz, versão Villa from Lorena Pazzanese on Vimeo.

Mas ficaram as questões, é válido julgar por própria conta e assim causar uma separação entre o que esperam o público e a crítica, para terminar em manipular os resultados do produzido em função de um e do outro? Nos seguimos por aqueles que queremos agradar, e quando queremos agradar aos dois e são incompatíveis entre si? Cinema de público e de crítica não podem ser vistos ou verem de uma mesma maneira? São as grandes obras aquelas que logram agradar a ambos?

11 abril 2010

Nuno Ramos sobre a junção de arte e vida

"O lance é que a gente vive uma época que tem muito esse negocio da junção da arte e da vida, que é um tema moderno, forte, um tema do Baudelaire; o dândi é isso, o dândi é um cara que tenta juntar arte e vida; e que foi indo e que foi indo, virou um blá, blá, blá sem fim.
O chato é que a junção de arte e vida deu vida, entendeu? Quer dizer a arte que ficou parecida com a vida e não a vida parecida com a arte
Aí isso foi um apequenamento, em vez de um engrandecimento. Quer dizer, a gente precisa lembrar hoje em dia que a arte é diferente da vida, que é legal da arte que ela seja diferente da vida.
Especialmente a arte brasileira que está nessa tecla infindável, do que vem do grande Helio Oiticica e da grande Lygia Clark e dos outros, mas que deu uma coisa dominante, tétrica, como se o Sérgio Camargo, o Amílcar, o Volpi fossem caretas. Quer dizer... Como se fossem artistas menores, enfim, uma coisa muito louca...
E como se o Hélio não tivesse as cores que tem, não tivesse os elementos formais que tem, fosse alguém que diluiu...
Teve um cara que quando pegou fogo, um maluco lá de São Paulo, na Folha de São Paulo, escreveu assim que era realmente a realização do conceito dele porque afinal
cada um faria o seu parangolé, entendeu? Maluco!"

em entrevista http://www.youtube.com/watch?v=PDSO6QlNEMQ

Nuno Ramos sobre a arte e o museu

"No limite ou a coisa vai pro lado Bauhaus e isso vira design, e a Lygia (Clark) vira um objeto que todo o mundo compra, ou que fica associada a algum objeto de uso; ou então essa institucionalização, que é você ver uma coisa que era, digamos assim, negativa em relação ao museu no museu, a gente tem que dar conta disso e aceitar isso.
É um pouco frágil demais você, diante do mundo atual onde o Hélio Oiticica vale 1 milhão de dólares, onde o que ele precisa é de uma institucionalização bem feita, de uma catalogação bem feita, de catálogos, de exposição, etc., você ficar lamentando que a negatividade dele não esteja lá.
Quer dizer, eu adoro ir a Inhotim aqui e ver aquela praça dele. Agora, claro, aquilo está numa praça, no contexto duma coleção, uma coisa toda engessada.
Quer dizer, eu acho que o poder de negação do Helio ainda é vivo. Mas ele é vivo passando por uma mediação que ele mesmo não supunha, e isso está lá.
Quem supunha era aquele chato do Marcel Duchamp. Esse foi um cara que entendeu isso cedo, que entendeu que: “Ô Picasso, tem um negocio chamado museu aí e tal”.
Quer dizer, ele entendeu isso em 1912, com o primeiro ready-made. está bom.
Agora isso é um lado, quer dizer, também ficar repetindo essa Boutade não dá nada, e o Duchamp sem o Grande vidro, que não tem nada a ver com isso, era um artista menor. Quer dizer, o grande vidro é uma obra de imaginação poderosa, que abriu um capítulo novo na arte moderna e etc, etc, etc. (...)
Então isso é um preço d`a gente estar vendo o Hélio, um preço daquilo estar legal, daquilo estar bem exposto, daquilo ser acessível.
Eu acho que cada um fazer o seu parangolé está bom. Eu nunca vou ter saco de fazer o meu parangolé, mas até aí ele não teria nada contra, faça.
Agora é óbvio que a tensão de você ver um parangolé é um negocio que é insubstituível, lógico que não é a mesma coisa que eu fazer o meu, isso é um absurdo.
É totalmente maluco, eu vi aquilo, lembro quando eu tinha vinte e poucos anos, na Galeria São Paulo teve uma exposição dos parangolés, uma coisa importantíssima para mim, decisiva para mim, num contexto careta, galeria, o que for.
Além do que, ele expôs na pièce do MAM, ele, ele expôs na White Chapel. O Helio.
Ele também não foi refratário ao discurso institucional, ele não expôs no morro da Mangueira, entendeu? Não é verdade. Ele expôs no MAM, quer dizer...por contraste baixaram aqueles caras e fizeram.
Agora esse contraste a rede Globo dominou, tem a Globo no meio. Se você pegar os caras da Mangueira e puser no MAM, a globo já filmou isso no horário das 8. Acabou, não tem mais, quer dizer, já foi, não podemos ficar...
Quando o Gerald Thomas mostra a bunda, só ele não notou que queriam que ele mostrasse a bunda que aquele texto já foi dado a ele. O público pedia, ninguém ficou mal com ele baixar a calça, entendeu?
Quer dizer, essa relação entre arte e público já deu muita volta. Não tem mais jeito de voltar para uma coisa de contraste entre a obra de arte e o mundo que havia nos anos 60."

Em entrevista http://www.youtube.com/watch?v=PDSO6QlNEMQ

08 abril 2010

maconha-etanol

os traficantes de sao paulo estão segurando a erva do diabo pra poder vender mais caro
não há manchetes sobre isso .

06 abril 2010

mensagem da correspondente amazonica

recebi de nossa correspondente amazonica (anita) um email coletivo... parece q ela esqueceu de postar poraqui então, sem sua autorização, publico à revelia : viva!

Queridos,
Sinto saudades de contar para vocês o que tenho visto e vivido nessa Amazonia revisitada. Por isso escrevo contando um par de olhos meus.
Sempre me pego um tanto insatisfeita de não ter como passar para vocês a idéia da imensidão...
que antes de conhecer por aqui não se sabia ter bordas tão amplas.
(Como eu também jamais havia visto árvores tão grandes. E nuvens se mover de maneiras tão mágicas em um céu tão amplo... e sem falar nos interminaveis rios e na diversidade evidente de espécies de insetos ( outro dia vi um lindão que tinha grafismos indígenas nas asas pintados em verde) e árvores e suas folhas e frutos e inumeros animais e claro...culturas  originarias e mestiças....
Ai, o gosto que o Tucuman tem e a beleza do buritizal mesclado as histórias, as imaginações, as explicações  e a luta dessa gente seringueira, biologos, indigenas, artistas etc é algo tão especial de se viver.
Dentro da minha cabeça é tudo tão grande e para se aprender tanto a toda hora....Escuto histórias de indígenas, de Henrique, de tanta gente que faz o mundo ser uma experiencia mais interessante....entremeando a vida aos esforços, as dores, as alegrias, as conquistas, as frustrações, os sonhos, a simplicidade de um afeto.
Fui muito feliz outro dia em um sitio que para chegar tive que passar o encontro dos rios. ( para variar não tirei fotos...mas um amigo nosso tirou..depois mando para voces)E depois passar por estradas que cortavam a floresta ( e pastos) e charcos com vitórias regias floridas! ( nunca tinha visto... e dizem que elas são tão perfeitamente flutuantes que aguentam até uma criança e que um arquiteto contruiu um museu flutuente em não sei que parte do mundo inspirado nessa arquitetura)
Comi maracaju do mato e muito tucumãn e me diverti ao enchergar melhor as muitas cores que brilham as estrelas. E ganhei um ovo de chocolate ( fazia anos que não recebia um....nem me lembro do último).
Ai... tanto detalhe para compartilhar...outro dia nuvens muito negras surgiram e vieram andando em direção ao rio negro ( eu estava em sua beirada) e cobriram completamente o céu e se fez noite mais preta que a noite sem lua. E não choveu... e não voltou mais a ser dia ainda que fosse 5 da tarde. Rio negro, céu negro e um sentimento de mistério que se enraiza entre as histórias indígena e as incertezas que trazem as perceptiveis mudanças climáticas...
No começo do mundo dizem que era assim:

Depois disso, ele fumou seu cigarro e soprou sua fumaça no chão e todas as coisas que haviam em seu pensamento apareceu por ali. Sentado em seu banco com todos os intrumentos e adornos , Trovão, fumou o cigarro de vida e deixou cair um pouco de cinza. Essas cinzas formaram essa terra em que vivemos hoje em dia.
Luiz Aguiar Tariano clã koivathe

E agora...
" Essa mudança climática já está afetando nossas comunidades. Por exemplo, a época de chuvas não está mais de acordo com nosso calendário tradicional. O florescimento da floresta também está sendo em outra época, e essas mudanças do ciclo, do movimento da natureza, acaba atrapalhando a vida e o planejamento das comunidades,. Neste mês de março é que floresceu a maiora das plantas do mato, enquanto no calendário original, seria no mês de agosto a setembro. A piracema dos peixes também está em outra época. Então , há uma mudança muito grande ocorrendo e não sabemos exatamente o que vai acontecer no futuro. nós gostariamos de saber dos cientistas quais soluções eles tem, diante dessa grave situação que o planeta passa atualmente .  Eles tem alguma proposta para a gente continuar trabalhando e saber que o futuro vai existir? Isso seria bom a gente ouvir."
Armindo Baniwa

Salve essa floresta e todos que lutam por ela.
Amor
Anita.

eis a questão

01 abril 2010

Nítido que a Humanidade não tem saída. Não é pessimismo. É só uma constatação e aceitação de que a natureza humana não é doce, não é harmoniosa, e nem sempre é feliz.
Essa coisa de ficar acreditando que temos que caminhar para uma elevação é linda, mas é improvável. Dentro do Homem cabem tantas coisas malucas. E é tão difícil juntar todos os Homens num lugar só chamado sociedade. Óbvio que vai sair treta. Óbvio que vai sair festa. Óbvio que vai dar em sexo e com ele um mundo hiperpopuloso. Óbvio que vai ter inveja, medo, solidão. É natural, entende? O nosso lado meio bicho e o outro lado meio ser civilizado ficam brigando um com o outro o tempo todo. Dentro de mim eles fazem uma festa! Deitam e rolam. Civilizadinha X Selvagenzinha. Quem ganha quem perde, aí depende do dia, dos hormônios, da estação do ano. É preciso aceitar que somos luz e trevas, dor e delícia, horror e maravilha, sempre. E isso não é monstruoso. É humano.