22 dezembro 2011

viva varese

ANTON WEBERN
Enquanto Webern tem seu Op. 1 (Passacaglia para Orquestra)


EDGARD VARÈSE
A m é r i q u e s,


CLAUDE Debussy 
 Jeux (1915)

ERIK Saties
Socrate

ARNOLD Schoenberg
Cinco Obras para Piano, op. 23 (1921-1923)
Serenata, op. 24 (1923).

De Webern já se haviam ouvido :
5 Movimentos para Quarteto de Cordas, Op. 5
6 Peças para Grande Orquestra, op. 6
6 Bagatelas para Quarteto de Cordas, op. 9

3 peças Pequenas para Violino e Piano, op. 11

29 agosto 2011

À Prova de Morte

Em agosto de 1976, o cineasta francês Claude Lelouch adaptou uma câmera giroscopicamente estabilizada na frente de um Ferrari 275 GTB e convidou um amigo piloto profissional de Fórmula 1, para fazer um trajeto no coração de Paris na maior velocidade que ele pudesse.
A hora seria logo que o dia clareasse. O filme só dava para 10 minutos e o trajeto seria de Porte Dauphine, através da Av. Foch e do Louvre até a Basílica de SacreCoeur. Lelouch não conseguiu permissão para interditar nenhuma rua no perigoso trajeto a ser percorrido.
O piloto completou o circuito em menos de 9 minutos, chegando a 324 km por hora em certos momentos. O filme mostra-o furando sinais vermelhos, quase atropelando pedestres, espantando pombos e entrando em ruas de sentido único. O piloto teria sido René Arnoux ou Jean-Pierre Jarier?
Quando mostrou o filme em público pela primeira vez, Claude Lelouch foi preso. Mas ele nunca revelou o nome do piloto de fórmula 1 que pilotou a máquina e o filme foi proibido, passando a circular só no underground.




(fones e tela cheia recomendados)

30 julho 2011

GULLAGAIN? NADA DE NOVO

HJ (30/7) SAIU UM TXT DO AUGUSTO NA FOLHASP REPLICANDO FERREIRA GULLAR,
ESSA HISTORIA NÃO É DE HJ, SE SABE....

AQUI VAI UM CAPITULO ANTIGO PRA DIVERTIRIREM (CLICK NAS IMAGENS & ZOOM SE PRECISAR):

PRIMEIRO DOIS TEXTOS Q SAIRAM NA REVISTA "ARTE HOJE" NUMERO 2 DE 1978, 

1 – DÉCIO DESCENDO A LENHA NO FAMOSO CATÁLOGO DA ESPOSIÇÃO "O PROJETO CONSTRUTIVO BRASILEIRO NA ARTE":

2 – FERREIRA CATANDO BORBOLETAS:

 

AINDA EM 1978, NA EDIçÃO NUMERO 4 DA MESMA "ARTE HOJE", 
AUGUSTO RESPONDE:

02 julho 2011

SAMBA À REVELIA VALDIR 59



O OUTSIDER WALDIR 59 NA INTERNET!
A 2 anos e meio atrás, quando conheci Waldir 59, sabia um quase nada sobre essa cultura do samba, que vindo de sua própria história e das entranhas cariocas, repercutiu no Brasil e no mundo inteiro.


Busquei seu nome no google e nada....alguns links apenas mostravam suas parcerias nas músicas com Candeia que constavam como os sambas-enredos que mais ganharam títulos consecutivos no carnaval do Rio de Janeiro.


Ter ajudado a inventar a Escola de Samba Portela e a primeira ala coreografada do Carnaval ( Ala dos Impossíveis) e ter vivido 84 anos como: COMPOSITOR, PERCUSSIONISTA, PASSISTA, MESTRE SALA, COM O RECONHECIDO MÉRITO DE MAIOR DIRETOR DE HARMONIA do carnaval carioca, talvez faça de Waldir 59 um dos sambistas mais completos - e esquecidos - do Rio de Janeiro.

Responsável por levar para a Escola Azul e Branco muita gente bamba como Clara Nunes e João Nogueira, essa "lenda viva do samba" hoje passa a maior parte de seus dias sozinho em seu apartamento em Engenho de Dentro...pois como está cego, já não pode sair para uma roda de samba sem que eu, Katia, Pqd ou Fernando Cabelo, passem para buscar o mestre querido. E através do carinho desse time ou de outros amigos queridos, tenho conseguido levar Waldir no Bip Bip, na Rua do Ouvidor, na casa do Zeca Pagodinho, no Samba do Bule ou agora.... na Santa Casa, para uma consulta médica!

Impossível não falar também, na dificuldade que passamos juntos para que o número 1 da Portela pudesse desfilar no Carnaval. Pois embora ele tenha ajudado a criar a glória da Portela infelizmente esse ano a diretoria da escola simplesmente não lembrou de mandar fazer seu terno branco e azul para o desfile. Poucas coisas me doeram tanto quanto as repetidas idas ao barracão e ao alfaiate ( que se negava a tirar suas medidas, pois além de não ter a autorização da Escola nem mais tecido tinha faltando uma semana para o carnaval).

No dia de seu aniversário de 84 anos - véspera de carnaval- quando fui visitar-lo, perguntei a ele: Waldir, se você pudesse voltar no tempo você faria tudo outra vez? E ele amuado respondeu : "Não." "Como não Waldir?" retruquei... "Não Anita, porque me dói saber que no final ninguém valoriza tudo aquilo pelo qual você dedicou todo amor e a vida inteira". Disse para seu e meu consolo, o que sempre repito e que espero que se cumpra como uma verdade a tempo: " Assim que eu conseguir gravar seu primeiro CD com a ajuda do Paulão 7 Cordas e produzir o documentário que já está em andamento, todos irão poder lembrar para sempre quem é Waldir 59!".

Depois desse sufoco, agradeço especialmente a Marquinhos de Oswaldo Cruz e a Ronaldinho Gaúcho por terem me ajudado a levar o Mestre na Avenida, dando-lhe o devido lugar de destaque que merece na Avenida e na História. http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE72K9ZR20110307.

Hoje é dia 2 de Julho e Waldir me acorda para dizer que o computador que ele comprou chegou! E eu..."mas Waldir, para que um computador se você está cego?" Para você Anita, ficar aqui na minha casa e por minhas músicas e histórias na internet! hahahha. Bem, a pedido do mestre tudo que eu puder farei para divulgar sua vida e obra. E agora, mais do que nunca, tentarei editar e postar pequenos videos.

Com amor e desvelo,
Anita Moreira
http://waldir59portela.blogspot.com/

09 junho 2011

Estupro Internacional

(Falando no ocidente...)

Strauss-Kahn: uma metáfora das práticas do FMI



por Leonardo Boff*

Strauss-Kahn.

O leitor ou leitora pensará que foi uma tragédia o fato de o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Strauss-Kahn, ter dado asas ao seu vício, a obsessiva busca por sexo perverso, nu, correndo atrás de uma camareira negra na suíte 2806 do hotel Sofitel em Nova York, até agarrá-la e forçá-la a praticar sexo, com detalhes descritos pela Promotoria de Nova York e que, por decência, me dispenso de dizer. Para ele não era uma tragédia. Era uma vítima a mais, entre outras, que fez pelo mundo afora. Vestiu-se e foi direto para o aeroporto. O cômico foi que, imbecil, esqueceu o celular na suíte e assim pôde ser preso pela polícia ainda dentro do avião.

A tragédia ocorreu não com ele, mas com a vítima que ninguém se interessa em saber. Seu nome é Nifissatou Diallo, da Guiné, africana, muçulmana, viúva e mãe de uma filha de 15 anos. A polícia encontrou-a escondida atrás de um armário, chorando e vomitando, traumatizada pela violência que sofreu por parte do hóspede da suíte, cujo nome sequer sabia. A maior parte da imprensa francesa, com cinismo e indisfarçável machismo, procurou esconder o fato, alegando até uma possível armadilha contra o futuro candidato socialista à Presidência da República. O ex-ministro da Cultura e Educação, Jacques Lang, de quem se poderia esperar algum esprit de finesse, com desprezo, afirmou: “Afinal não morreu ninguém”. Que deixe uma mulher psicologicamente destruída pela brutalidade de Mr. Strauss-Kahn não conta muito. Finalmente, para essa gente, se trata apenas de uma mulher e africana. Mulher conta alguma coisa para este tipo de mentalidade atrasada, senão para ser mero “objeto de cama e mesa”?

Para sermos justos, temos que ver este fato a partir do olhar da vítima. Aí dimensionamos seu sofrimento e a humilhação de tantas mulheres no mundo que são sequestradas, violadas e vendidas como escravas do sexo. Só uma sociedade que perdeu todo o sentido de dignidade, e se brutalizou pela predominância de uma concepção materialista de vida que faz tudo ser objeto e mercadoria, pode possibilitar tal prática. Hoje, tudo virou mercadoria e ocasião de ganho desde o bens comuns da humanidade, privatizados (commons como água, solos, sementes), até órgãos humanos, crianças e mulheres prostituídas. Se Marx visse essa situação ficaria seguramente escandalizado, pois para ele o capital vive da exploração da força de trabalho, mas não da venda de vidas. No entanto, já em 1847, na Miséria da Filosofia, intuía: “Chegou, enfim, um tempo em que tudo o que os homens haviam considerado inalienável se tornou objeto de troca, de tráfico e podia alienar-se. O tempo em que as próprias coisas que até então eram comunicadas, mas jamais trocadas, dadas, mas jamais vendidas: adquiridas mas jamais compradas como a virtude, o amor, a opinião, a ciência e a consciência, em que tudo passou para o comércio. Reina o tempo da corrupção geral e da venalidade universal… em que tudo é levado ao mercado”.

Strauss-Kahn é uma metáfora do atual sistema neoliberal. Suga o sangue dos países em crise como a Islândia, a Irlanda, a Grécia, Portugal e agora a Espanha, como fizera antes com o Brasil e os países da América Latina e da Ásia. Para salvar os bancos e obrigar a saldar as dívidas, arrasam a sociedade, desempregam, privatizam bens públicos, diminuem salários, aumentam os anos para as aposentadorias, fazem trabalhar mais horas. Só por causa do capital. O articulador destas políticas mundiais, entre outros, é o FMI, do qual Strauss-Kahn era a figura central.

O que ele fez com Nafissatou Diallo é uma metáfora daquilo que estava fazendo com os países em dificuldades financeiras. Mereceria cadeia não só pela violência sexual contra a camareira, mas muito mais pelo estupro econômico do povo, que ele articulava a partir do FMI. Estamos desolados.

* Leonardo Boff é teólogo, filósofo e escritor.

** Publicado originalmente no site Adital.
O

Ocidente

É a meditação

Ocidental

07 junho 2011

Gábor Szabó

Falando sobre música...

Gábor Szabó foi um músico violonista, nascido em Budapeste, que emigrou fugido da Húngria para os Estados Unidos nos anos 50, durante a Revolução Húngara de 1956.

O cara conseguia, entre uns pileques e outros, misturar o jazz, rock borbulhante dos anos 60 e 70 e ainda jogar uma pitada de música folk húngara nos projetos em que ele participava.

Dentre algumas versões do violonista vale ressaltar:

Carcará (com participação de Charles LLoyd) - de João do Vale
Corcovado - Tom Jobim
Lucy in the Sky With Diamonds - Beatles


http://grooveshark.com/s/Comin+Back/2PURpH?src=5



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11 fevereiro 2011

Museu de Mim

Mudar de casa é ir de encontro ao futuro desconhecido e, ao mesmo tempo, dar de cara com o passado guardado nas caixas, mofado, nas letras borradas das cartas que guardo há anos e anos e anos. É me encontrar nas coisas que nunca consegui jogar fora. É me desfazer de pedaços de mim que vão deixando de fazer sentido, deixando de me acompanhar. É começar do zero, mas com caixas e caixas de passado lacrado ali, e que não jogo fora nem a pau. Que nem olho, nem preciso, mas sei que estão ali. Me segurando. Me formando. Desapegar é tarefa árdua porque é abrir mão do que a gente já não é mas quer continuar sendo - porque é seguro, afinal de contas. Minhas fotos, meus 57 caderninhos com escritos de todas as fases da minha vida, as cartas que mandaram para mim desde meus 0 anos de idade, os ingressos das peças e shows mais marcantes, os bilhetes das viagens tantas, os presentes de todos os ex namorados, as cartas de amor, as pessoas que fizeram parte e que hoje eu nem sei onde vivem, os objetos que fui acumulando, as coleções de isqueiros que não funcionam, de fitas de cetim, de roupas de bolinha, os figurinos, as roupas que não servem, os sapatos fodidos - ufa - toneladas de passado. Passado pesado! Carrego tudo como se um dia fosse fazer um museu de mim mesma. Como se fosse um atestado de: "Ó, vivi", ou, "Ó, não passei a vida em branco" - os documentos comprovam que viajei, que amei, que trabalhei e estudei. Coisa maluca essa de mudar. E essa de não querer largar o osso. Isso é neurose séria que tem que ser tratada com muita terapia. Apego à matéria.
E se eu jogasse tudo isso fora?
Continuaria sendo a mesma sofia?
E se tudo isso que cultivei por anos e anos e que me dei ao trabalho de guardar e transportar e cuidar bem - isso tudo fosse pro lixo? Sobreviveria, eu?
Penso que minha casa nova merece uma nova eu. Livre desses mofos. Livre do passado. Da que fui. Mas me conheço o suficiente pra saber que não tenho coragem de jogar o passado no lixo.

Por Sofia Botelho, aqui.

Pequenas Igrejas, Grandes Negócios

Folha de São Paulo...

Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja.
Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo. Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos) . É tudo muito simples.
Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.

Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangélio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja.
Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial.

03 fevereiro 2011

Hoje eu acordei na cidade errada.

Não era Porto, mas a cidade do meu coração. Nela eu vi os edifícios tão cinzas e mal-cuidados e as pessoas que eu tanto amo.

Veio-me uma, depois duas, três em fotografias desfocadas seguidas de dez milhões de desconhecidos.

Eu pensei no caos, na violência, no dinheiro colorido - e tão triste! como se quisesse se convencer de que é capaz de vencer às belezas das gentes.

Eu pensei no calor, no vapor que sobe e toma forma visível no asfalto esburacado e no quanto eu amo e tenho preguiça de tudo isso.

Hoje eu acordei na cidade grande, sentado numa esquina de bar, delirando com sua insensatez.

Quanto sentimento cabe dentro de mim.

As vezes duvido que ele fica aqui dentro. É tão grande que desconfio que perambula por aí, à toa. Num dia de sorte, como hoje, nos encontramos e me sinto tão grande em mim e tão pequeno perto dele.

http://listen.grooveshark.com/s/Mood+Indigo/37IsDC?src=5

28 janeiro 2011

Fim de ano começo de outro

Links acima de dois projetos dos quais alguns integrantes do blog fizeram parte.

Botucasas é um projeto de intervenção e criação de um video em determinadas casas abandonadas em Botucatu, realizado na semana passada.

Exposição Para te dar uma ilha foi uma exposição realizada em dezembro.

Ambos serão mais bem atualizados em breve.