17 novembro 2010

CONVERSAS DE ZAPATA COM VILLA



Esta animação foi feita por um grande amigo meu, Carlos Gamboa, um artista mexicano fábuloso!
Muito interessante o tema e a estética...

Ai que saudadessssssssssss do México.

15 novembro 2010

Simpsons x Banksy

mais uma dele...



genius

merito a esse blog de coisas superinteressantes:
http://noquedanblogs.com/me-hizo-reir/inicio-de-los-simpsons-por-banksy/

14 novembro 2010

E O MASP GRITA !







" quando o músico e poeta americano John Cage veio a São Paulo, de Passagem pela avenida Paulista, mandou parar o carro na frente do MASP, desceu e andando de um lado para outro do belvedere de braços levantados gritou ' É a arquitetura da liberdade'. Acostumada aos elogios pelo ' maior vão livre do mundo, com carga permanente, coberto em plano', achei que o julgamento do grande artista estivesse conseguido comunicar aquilo que (eu) queria dizer quando projetei o MASP: o museu era um 'nada', uma procura da liberdade, a eliminação de obstáculos, a capacidade de ser livre frente às coisas "

Depoimento de Lina Bo na FAUUSP, abril de 1989
MASP: A Cor da Pixão pela Arte, SP: BASF/Glasurit, 1990.

12 novembro 2010

ÁGUA SEXUAL

Só mesmo um homem, como Pablo Neruda, conseguiria descrever o sexo assim.
Ai, ai...essa maravilhosa origem da vida.

Como muitos não entendem espanhol....tentei adaptar na minha interpretação para meu português selvagem ( sem muito sucesso...)

Beijos com o carinho de sempre.
Anita

ÁGUA SEXUAL

Rodando calhas solitárias,
há gotas como dentes,
há espessas goteiras de marmelada e sangue,
rodando a calha,
cai a água,
como uma espada em gotas,
como um desgarrado rio de vidro,
cai mordendo,
golpeando o eixo da simetria, pegando nas costuras da
alma,
rompendo coisas abandonadas, empapando o obscuro.

Somente é um sopro, mais úmido que o choro,
um líquido, um suor, um óleo sem nome,
um movimento agudo,
fazendo-se, espessando-se,
cai a água,
a gotejadas lentas,
em direção ao seu mar, ao seu seco oceano,
à sua onda sem água.

Vejo o verão extenso, e um estertor saindo de um celeiro,
bares, cigarras,
populações, estímulos,
habitações, crianças dormem com as mãos no coração,
sonham com bandidos, com incêndios,
vejo barcos,
vejo árvores de medula
enraizados como gatos raivosos,
vejo sange, punhais e meias de mulheres,
e pelos de homem,
vejo camas, vejo corredores onde grita uma virgem,
vejo lençois e orgãos e hoteis.

Vejo os sonhos sigilosos,
admito os dias postergados,
e também as origens, e também as recordações,
como uma pálpebra atrosmente levantada a força
estou olhando.

E então há esse som:
um ruido vermelho de ossos,
um grudar-se de carne,
e pernas amarelas como espigas juntando-se.
Eu escuto entre o disparo dos beijos,
escuto, sacudindo entre respirações e soluções.

Estou vendo, ouvindo,
com a metade da alma no mar e a metade da alma
na terra,
e com as duas metades da alma olho o mundo.

E ainda que feche os olhos e me cubra o coração inteiramente,
vejo cair uma água surda,
a grossas gotas surdas.
É como um furação de gelatina,
como uma catarata de espermas e medusas.
Vejo correr um arco iris turvo.
Vejo passar suas águas através dos ossos.

ÁGUA SEXUAL

Rodando a goterones solos,
a gotas como dientes,
a espesos goterones de mermelada y sangre,
rodando a goterones,
cae el agua,
como una espada en gotas,
como un desgarrador río de vidrio,
cae mordiendo,
golpeando el eje de la simetría, pegando en las costuras del
alma,
rompiendo cosas abandonadas, empapando lo oscuro.

Solamente es un soplo, más húmedo que el llanto,
un líquido, un sudor, un aceite sin nombre,
un movimiento agudo,
haciéndose, espesándose,
cae el agua,
a goterones lentos,
hacia su mar, hacia su seco océano,
hacia su ola sin agua.

Veo el verano extenso, y un estertor saliendo de un granero,
bodegas, cigarras,
poblaciones, estímulos,
habitaciones, niñas
durmiendo con las manos en el corazón,
soñando con bandidos, con incendios,
veo barcos,
veo árboles de médula
erizados como gatos rabiosos,
veo sangre, puñales y medias de mujer,
y pelos de hombre,
veo camas, veo corredores donde grita una virgen,
veo frazadas y órganos y hoteles.

Veo los sueños sigilosos,
admito los postreros días,
y también los orígenes, y también los recuerdos,
como un párpado atrozmente levantado a la fuerza
estoy mirando.

Y entonces hay este sonido:
un ruido rojo de huesos,
un pegarse de carne,
y piernas amarillas como espigas juntándose.
Yo escucho entre el disparo de los besos,
escucho, sacudido entre respiraciones y sollozos.

Estoy mirando, oyendo,
con la mitad del alma en el mar y la mitad del alma
en la tierra,
y con las dos mitades del alma miro al mundo.

y aunque cierre los ojos y me cubra el corazón enteramente,
veo caer un agua sorda,
a goterones sordos.
Es como un huracán de gelatina,
como una catarata de espermas y medusas.
Veo correr un arco iris turbio.
Veo pasar sus aguas a través de los huesos.

Pablo Neruda

11 novembro 2010

Proposta de Quebra de Barreiras


Eu ainda não vi nenhuma repercusão sobre isso no Blog, então vai:

“Ser mulher é muito caro”

O cartunista Laerte, que passou a se vestir de mulher, diz que suas despesas agora incluem manicure, depilação, lingeries e sapato


Confira o ensaio IG e a matéria toda AQUI

Cromocinética

cromocinetica from coletivo24h on Vimeo.



Do site: http://coletivo24h.pravida.org/
"Pancadão, psicodelia e formas concretas convergem inusitadamente na performance Cromocinética. Nela, a tradução intersemiótica entre diferentes linguagens gera novos signos a partir da sobreposição de ícones audiovisuais.
A técnica utilizada na construção desta performance é a união de dois ambientes de programação de áudio e vídeo: o obscuro, porém poderoso tracker, Jeskola Buzz e o versátil Pure Data, voltado para desenvolvimento de aplicativos interativos em áudio, vídeo e gráficos.
Com o Pure Data, o grupo construiu um software capaz de traduzir informação sonora em objetos geométricos de inspiração concreta, sobrepostos a vídeos de estruturas visuais, manipulados em tempo real. Um panorama de imagens construídas em relação sinestésica com o som, produzido também em tempo real a partir de colagens sonoras, ambientes sintéticos e batidas maliciosas. O resultado é uma galáxia de cor e som, a celebração da vida através do reprocessamento do cotidiano."

07 novembro 2010

COMUNICAÇÃO NO BRASIL



"ACREDITANDO QUE A PROPAGANDA É A ALMA DO NEGÓCIO, OS ESTADOS UNIDOS, ASSIM COMO O BRASIL, DERAM QUASE 100 POR CENTO DOS CANAIS DE TV PARA EMISSORAS PRIVADAS.

O PROBLEMA, É QUE NO BRASIL, DIFERENTEMENTE DOS ESTADOS UNIDOS, O UNICOPÓLIO NÃO TEM LIMITES. O DONO DE UMA TV, PODE CONTROLAR TAMBÉM , RÁDIOS, JORNAIS E REVISTAS. EM OUTROS PAÍSES COMO INGLATERRA, ALEMANHA E FRANÇA SÃO DE EMISSORAS PÚBLICAS, OU SEJA, QUE NÃO VISAM LUCROS.

NO BRASIL,APENAS 11 FAMILIAS CONTROLAM A MAIOR PARTE DA INFORMAÇÃO QUE CIRCULA NO PAÍS.


Vídeo produzido pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung remonta o curta ILHA DAS FLORES de Jorge Furtado com a temática do direito à comunicação. A obra faz um retrato da concentração dos meios de comunicação existente no Brasil.

Roteiro, direção e edição: Pedro Ekman
Produção executiva e produção de elenco: Daniele Ricieri
Direção de Fotografia e câmera: Thomas Miguez
Direção de Arte: Anna Luiza Marques
Produção de Locação: Diogo Moyses
Produção de Arte: Bia Barbosa
Pesquisa de imagens: Miriam Duenhas
Pesquisa de vídeos: Natália Rodrigues
Animações: Pedro Ekman
Voz: José Rubens Chachá

05 novembro 2010

Continuidade e Manifestação

O propósito inicial desta postagem seria sobre uma notícia que circulou aqui em Portugal, um tanto bizarra, em que milhões - eu disse MILHÕES - de dólares falsos foram apreendidos no Porto. Até aí uma notícia cotidiana, qualquerumzainha, senão fosse pelo fato das notas de 100 dólares apresentarem o rosto de Pinto da Costa, presidente atual do Futebol Clube do Porto, ao invés da famigerada cara verde de Benjamin Franklin.
Passado o momento, pus-me a ler sobre os acontecimentos acerca da obra de Nuno Ramos e comecei a questionar-me sobre a integridade deste blog.

Afinal, o que fazemos nós aqui?
Imagino que cada um tenha contribuição importante para a formação e "alma" do Mundo à Revelia; a vitalidade deste espaço depende das experiências individuais e suas personalidades são expostas em cada uma das entradas. Questiono-me, entretanto, até que ponto a sobreposição de "momentos únicos" e conhecimentos particulares interfere na conversa e na fluidez de uma discussão.

Eu mesmo estava à beira de uma exposição completamente descontextualizada. De fato não moro em São Paulo, por certo não estou à par das notícias sobre a Bienal, mas que desculpa tenho eu (temos nós) de sobrepor um argumento ao outro?

O que quero dizer, em linhas curtas - é difícil ser sintético - é que por vezes atropelamo-nos uns aos outros para expormos coisas "legais", que em si só tem uma função de entretenimento ou reflexão sobre aquele argumento, e quanto ao resto? Bem o resto está lá.

Essa notícia do Nuno Ramos realmente me chocou. Devo ser honesto e parcial: estou do lado do artista. A obra de Nuno Ramos é por si um excelente questionamento a toda a esta repressão do cotidiano urbano e do nosso papel. Sem dúvida possui um caráter ideológico muito intenso e propositalmente provocativo.

Mexer com a vida em nome da arte é algo muito complicado. Sinceramente não vejo nenhuma infração ao matar os três urubus e acho uma hipocrisia quando um carnívoro descontrolado (como a maioria de nós) reclama pela vida do "passarinho" quando depredamos um boi sem ao mesmo ver a cara do animal nas embalagens do supermercado.

Matamos muitos "urubus" cotidianos, dos quais nenhum nos comove profundamente, mas quando enfrentamos cara-a-cara e somos postos ao questionamento - como no caso da obra da Bienal - ai sim (com o perdão do trocadilho) o bicho pega!

A obra - e toda a sua discussão - ficou reduzida ao nada: ao direito dos três urubus em cativeiro. Mas e nós, os verdadeiros urubus em cativeiro? Por que ao invés de irmos lá e picharmos sobre um naco de madeira "liberte os urubus", não nos pomos a pensar o conceito de "aprisionamento urbano"? Por que, a partir de uma obra tão profunda nós simplesmente nos esquivamos do fato de estarmos todos fadados a uma estrutura social escrota e pedimos liberdade aos animaizinhos lá deixados?

Pixar na bienal é um ato-em-si. Pixei, rompi, causei. É quase como se houvesse um lugar para os transgessores dentro do aparato estatal.

E nós, Revelia, quando é vamos criar um fluxo de idéias - um aprofundamento nas discussões? Estou cansado de tanta coisa bonita.

PROPOSTA 1


proposta 1:

colar cartazes em branco numerados pela cidade e disponibilizar material para que as pessoas possam ocupar o espaço da maneira que entenderem.

click na foto pra ver os primeiros resultados
ou aqui para slide show

O VOO DO URUBU

BALADA LITERARIA 2010

MUITA COISA LEGAL


CONFIRA

03 novembro 2010

Stereomood

Hoje choveu em Buenos Aires essa chuva de verão gostosa que não molha, só refresca. Voltei pra casa cantando e feliz, e liguei o computador para ouvir alguma música animada enquanto arrumava a casa. A gente as vezes se cansa das próprias músicas guardadas e repetidas dia-a-dia dos nossos arquivos, e por isso resolvi escutar um pouquinho de tudo, nesse site ge-ni-al que se propõe a seguir nossas emoções com músicas. Eles te sugerem uma série de etiquetas (tags) que categorizam diferentes emoções, situações diárias, ou mesmo... tempos climáticos! E hoje acabei descobrindo que "it's raining" é uma das melhores set list dessa "radio emocional", pelo menos pro meu humor de agora. Provem que é uma delicia ;)

bill viola

O outro lado da moeda

Disponibilizamos aqui o texto (enviado pelo Dani) de quem pixou (Djan Ivson) a obra do Nuno Ramos na Bienal

No penúltimo post disponibilizamos a opinião de Nuno.

Agora só faltaria a opinião do Ibama... mas é exatamente esse o problema: eles não disseram e nem dirão nada.
 
Confira aqui muitos outros links relacionados a essa polêmica

02 novembro 2010

VI Colóquio "História e Arqueologia da América Indígena"



Esta semana ( 3,4,5 de Novembro) acontece na USP um colóquio interessantíssimo sobre História e Arqueologia da América Indígena.

Diversos temas, tais como:
- ARTE -
Memória, etnobiologia, o manejo florestal, a astronomia e a organização política nos últimos 10 mil anos de nosso continente, são discutidos profundamente nesse evento...
(Povos originários da Mesoamérica, dos Andes e da Amazônia são os principais focos).

Sempre é um evento muito rico e divertido, pois acaba reunindo os melhores pesquisadores de todo o mundo sobre esses interessantes assuntos. Que embora sejam fundamentais para compreendermos melhor o presente de nossa própria cultura, meio ambiente e o atual contexto político na América Latina - são lamentavelmente desconhecidos e quase inacessíveis para a maioria.

O Caderno de resumos das palestras e comunicações (ponencias) e o programa do evento estão em http://cema.vitis.uspnet.usp.br/images/stories/vi_coloquio_caderno_de_resumos.pdf
Outras informações podem ser obtidas em www.usp.br/cema

Beijos
Anita

01 novembro 2010

Minhocão

A imbecilidade parece nascer de grotões escondidos do ser humano. Quando pensamos haver resolvido certas questões, criado certos consensos, eis que vem um refluxo desse pântano.

O lado bom é que isso serve para rediscutir temas e aprofundar mais ainda certos detalhes que, por serem humanos, nunca se resolverão (e nisso, há uma beleza e uma tristeza).

Vimos há pouco a demissão absurda da Maria Rita Khel do Estadão.
Assistimos perplexos à falta de discussão acerca da obra de Nuno Ramos, na Bienal
Agora vemos vir à tona a proposta de acabar com o que há de mais interessante atualmente na região central de SP: os grafites do minhocão.

Todos parecem concordar que o minhocão estragou a região, mas não parece consenso que os grafites auxiliam na dura realidade de quem sofre as reais consequências dessa obra.
De fato, ao contrário do que eu acreditava, o grafite não é aceito unanimemente. E nunca será, pois tem em sua essência a eterna contestação dos valores urbanos sedimentados.
Uma das vozes a favor desse projeto do Kassab é o blog 'museu do minhocão', que se incumbiu de uma tarefa digna (a documentação dos grafites nos muros do minhocão), mas que na verdade pouco entendeu do grafite. Esse blog vai ao extremo do conservadorismo do grafite e acaba por se confundir com o extremo do conservadorismo anti-grafite.
Leiam esse texto: Lavagem do Minhocão II. Não seria essa uma das atitudes mais radicais e interessantes vigentes hoje naqueles muros? Será que aquele blog não entendeu nada? Tirem suas próprias conclusões...

Eu sou a favor do fim do minhocão. Mas que nos deixem os seus muros, e sem tinta anti-grafite...

28 outubro 2010

Dia da Mulher, me inclua fora dessa!


(texto de Karina Buhr, extraído do http://mtv.uol.com.br/karinabuhr/blog. Foi escrito no dia das mulheres, mas vale para sempre)



No dia que mulher puder andar na rua sem camisa e eu, por minha vez, puder falar sobre isso sem ser ridicularizada, a gente conversa!

O dia da mulher eu odeio, mas ele chegou e isso me enjoa e preciso dividir com você, pobre vítima.

Antes que eu me esqueça, universo feminino é o caralho!

8 de março.

Algumas mulheres que conheço tem pavor de ir em médicas. Só aceitam médicos, não sabem explicar bem por que, mas não confiam em mulheres pra esses assuntos.
Uma amiga amada ia marcar o parto no hospital e adiou um dia o nascimento do filho pra poder fazer a cirurgia cesariana com um homem.
Lembro disso com uma tristeza danada.

Outra amiga ficou puta com uma dentista que fez um serviço mal feito na sua boca e jurou que dali em diante "mulher dentista nunca mais!". E assim seguimos.


Dia da mulher é meio dia das mães pro mercado. Faz a gente lembrar de todos os eletrodomésticos que nos faltam ou os que temos do modelo antiguinho, os que já dão um choquinho.
A palavra “mulher” no mercado, lembra louça pra lavar, roupas no varal, violência contra a mulher, delegacia da mulher, casamento, sim, por que do jeito que dizem parece que os homens casam obrigados, com loucas que os ameaçam com facas nos pescoços...
Ai, socooooorro! Paaara com isso, pelamor!

Não faz muito tempo que rolou o chamado “caso Eloá”, que acompanhei cada segundo, por que não conseguia me desligar daquela situação absurda e violenta, que acontecia com conivência total de vários veículos de imprensa e da polícia também.
Crimes desse tipo, em que o homem “apaixonado” se sente dono da mulher e a mata ainda são muito comuns e aceitos.
No caso de Eloá, coitada, o cara estava na mira da polícia que, nesses casos, tem permissão pra atirar, mas o comandante falou ao vivo que pensou no filho, que não iria matar um rapaz apaixonado. Pouco tempo depois o rapaz apaixonado matou a menina.
Fosse uma mulher com um revólver apontado pra cabeça do seu par, seria uma louca, histérica e não uma “moça apaixonada”.

Do “caso UNIBAN” não vou nem falar mais nada, mas não posso deixar de citar.
Ah! Pernambuco continua sendo campeão de violência contra as mulheres.

Tudo isso me enlouquece.
As propagandas de sabão em pó e produtos de limpeza do lar me dão náusea.
As de cerveja também.
É tudo muito cafona e desrespeitoso.
E de novo na TV, todo 8 de março, em todos os canais, aquelas matérias cafonas sobre trabalhar e “não deixar de lado a preocupação com a beleza”.
Fodam-se!

As reações nossas são muito lentas!
Já deu tempo, vamo se coçar, vamo procurar saber!

Sinceramente não tenho paciência pra discutir mais essas coisas nesses termos.

Por que não sai do raso?

Tem medo de tubarão?

^^^^^^^ ...

    
                                             
                                                                                                                                
                                                                                               

                                                                                                                  
                      

História para crianças

As vezes sinto que meu irmãozinho...(que já vai fazer 12 anos) se equilibra nos últimos momentos da infância, tal como se tivesse abraçado à lua quando está só naquele fiapo de unha. Já misturam-se nele uma certa ironia despontanda para a "marra" , os sons de guitarra e a busca por compreender os limites reinventandos do corpo . Mas todavia Caio é muito menor que os garotos de sua idade e ainda cabe perfeitamente no meu colo. E me pede todas as noites para que eu lhe conte histórias, alegando que eu tenho uma criatividade surpreendente e que meu jeito de ler qualquer livro é o mais divertido que existe. E eu sinto abrir, pelos ouvidos dele, as portas de um certo paraíso... pois quem mais nessa vida tem paciência em escutar emocionado a minha imaginação desvairada? E que me acompanha intimamente descobrindo os mundos, os seres e as experiências coloridas que me habitam? ( mando de teimosia esses escritos porque sei que quase nenhum de vocês vai ter ânimo para ler até o final...hahah)

Desde que ele era metade bebe/metade criança e começou a demonstrar interesse pelos livros, eu me acostumei a pegar as histórias em quadrinho, ou aqueles que tinham as melhores ilustrações, e inventar espontâneamente um enredo completamente diferente do que estava escrito. Demorou muito tempo até ele desconfiar que as histórias que a irmã contava não estavam registradas ali, pois quando ele pedia para a mãe e para o pai lerem para ele, não tinha nem metade das maluquisses que ele tinha escutado da minha boca. Quando aprendeu a ler... ele me testava. Então eu começava a ler a história certinha e ele estava escutando atentamente, dai no meio do caminho eu já tinha inventado outros diálogos e tinha mudado todo o rumo da história... e só quando eu inventava uma fala absurda que sabia que o faria rir, ele conferia e dizia rindo que desconfiava que eu não tinha aprendido a ler direito na escola.

Hoje em dia , pela obrigação de estudante, ele tem um livro por mês para ler. E nosso passatempo predileto passou a ser inventar juntos novos diálogos e por no meio da história um certo personagem.... que faz um ano em suas aventuras na maior floresta tropical do mundo, com suas habilidades para os números e por sua coragem desmedida, empresta mais graça a qualquer de nossas história.... pois no final sabemos que muitas vezes o que contamos dele foi real.

Ontem, Caio me pediu que eu inventasse uma história no espaço...com novas formas de vida. Desafio complicado é se descolar das preocupações do dia e deixar voar para bem longe, recuperando a densidade do ar que farão as crianças entrarem, ainda acordadas, no sonho. Por ter uma mente em imagens eu posso ver nititidamente os cenários e abuso da descrição das coisas que eu imagino em suas texturas e cheiros, afim de ganhar tempo para compor uma trama que faça o mínimo de sentido. Ontem acabei investigando com a imaginação um planeta recém descoberto pela ciência com grande potêncial de existir vida..mas na minha história a ecologia do lugar era mantida por seres abstratos que eram feitos de matemática ( uma pena eu não lembrar os nomes cientificos dos fenônemos da biologia que vou aprendendo) um ser era por exemplo o número um ...(só que com caras e bocas )ou uma equação inteira caso ele fosse muito gordo... (e quando namoravam era um gráfico..).e cada ser comandava um efeito natural do planeta...onde as crianças eram tratadas como o sol... pois sabiam mais que ninguém sobre compartilhar o infinito.


Anita.

Arte e Astronomia Indígena - Maias...

23 outubro 2010

Fim da Área VIP, já!

Sou contra a violência, em todos os sentidos, mas peço o fim da(s) área(s) VIP, JÁ!


Chega dessa coisa retrógrata, separatista, humilhante, medieval!
Área comum é o que pega. Rico e pobre. Todos comprando a coca-cola do mesmo isopor.

19 outubro 2010

A rua menos crua

Vasculhando pela net, acha-se muitas pessoas fazendo coisas muito interessantes pelas ruas.
A arte como momento de reflexão, estranhamento, revitalização e reencantamento do espaço público largado às traças




http://www.flickr.com/photos/sao/4497271752/in/set-72157601458813225/

Ainda dá tempo!

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100922/not_imp613302,0.php

Nuno - Monólogo para um cachorro morto

Texto recente do Nuno Ramos que saiu na Ilustrada.
(indicado pela Cacá)

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/815185-monologo-para-um-cachorro-morto.shtml

Terrorismo Poético - Hakim Bey

Dançar bizarramente a noite inteira em caixas eletrônicos de bancos. Apresentações
pirotécnicas não autorizadas. Land-art*, peças de argila que sugerem estranhos artefatos
alienígenas espalhados em parques estaduais. Arrombe apartamentos, mas, em vez de
roubar, deixe objetos Poético-terroristas. Sequestre alguém e o faça feliz. Escolha alguém
ao acaso e o convença de que é herdeiro de uma enorme, inútil e impressionante fortuna
– digamos, cinco mil quilômetros quadrados na Antártica, um velho elefante de circo,
um orfanato em Bombaim ou uma coleção de manuscritos de alquimia. Mais tarde, essa
pessoa perceberá que por alguns momentos acreditou em algo extraordinário e talvez se
sinta motivada a procurar um modo mais interessante de existência.

Coloque placas de bronze comemorativas nos lugares (públicos ou privados) onde você
teve uma revelação ou viveu uma experiência sexual particularmente inesquecível etc.

Fique nu para simbolizar algo.

Organize uma greve na escola ou trabalho em protesto por eles não satisfazerem a sua
necessidade de indolência e beleza espiritual.

A arte do grafite emprestou alguma graça aos horríveis vagões de metrô e sóbrios monumentos públicos – a arte – TP também pode ser criada para lugares públicos: poemas rabiscados nos lavabos dos tribunais, pequenos fetiches abandonados em parques e restaurantes, arte-xerox sob o limpador de pára-brisas de carros estacionados, slogans escritos
com letras gigantes nas paredes de playgrounds, cartas anônimas enviadas a destinatários
previamente eleitos ou escolhidos ao acaso (fraude postal), transmissões de rádio pirata,
cimento fresco...

A reação do público ou o choque-estético produzido pelo TP tem que ser uma emoção pelo menos tão forte quanto o terror – profunda repugnância, tesão sexual, temor supersticioso, súbitas revelações intuitivas, angústia dadaísta – não importa se o TP é dirigido a apenas uma pessoa ou várias pessoas, se é ”assinado”ou anônimo: se não mudar a vida
de alguém (além da do artista), ele falhou.

O TP é um ato num Teatro da Crueldade sem palco, sem fileiras de poltronas, sem
ingressos ou paredes. Para que funcione, o TP deve afastar-se de forma categórica de
todas as estruturas tradicionais para o consumo de arte (galerias, publicações, mídia).
Mesmo as táticas de guerrilha Situacionista do teatro de rua talvez tenham agora se
tornado muito conhecidas e previsíveis.

Uma requintada sedução levada adiante não apenas pela satisfação mútua, mas também
como um ato consciente por uma vida deliberadamente mais bela – deve ser o TP definitivo. O Terrorista Poético comporta-se como um trapaceiro barato cuja meta não é dinheiro, mas MUDANÇA.

Não faça TP para outros artistas, faça-o para pessoas que não perceberão (pelo menos por alguns momentos) que o que você fez é arte. Evite categorias artísticas reconhecíveis, evite a política, não fique por perto para discutir, não seja sentimental; seja impiedoso, corra riscos, vandalize apenas o que precisa ser desfigurado, faça algo que as crianças
lembrarão pelo resto da vida — mas só seja espontâneo quando a Musa do TP o tenha possuído.

Fantasie-se. Deixe um nome falso. Seja lendário. O melhor TP é contra a lei, mas não seja pego. Arte como crime; crime como arte.



* Tipo de arte que usa a paisagem, normalmente natural, como ob jeto artístico, sendo
a própria natureza (e seus fenˆomenos, chuva, vento, etc.) elementos constitutivos da obra.

(Traduzido por Jersson de Oliveira)

18 outubro 2010

estudos de como me sinto em sp

Pessoal, vou postar uns videos que tenho feito, alguns bem velhos outros nem tanto, ( todos em processo sem pretenção nenhuma ) de estudos e desabafos de como me sinto em são paulo.

Os que chamam Matina foram feitos há dois anos quando eu e a lu começamos a pensar sobre uma personagem que começaria a viajar por sp e dps cairia fora. Acho que não deu muito certo. Ficou meio romantico, bonitinho demais talvez. (falo do video não do projeto e si)

Um que eu estou de vermelho é em cima de um texto da luiza que fala sobre um autoretrado impossivel de ser feito pq não consegue entender, distiguir o mundo e si msm. faz mais sentido no final.

E os dois ultimos, Turismo ali na cozinha e Experiência de fluxo em lugar nenhum foram em cima de um trabalho da Lu de lambe-lambe que, por sua vez, foi em cima de um trabalho do Tatá. Isso tudo tá no

http://www.novosescravos.wordpress.com/

E tem tbm um depoimento meu de quando eu estava sem me ver no espelho, mas sei lá, eu vi hj o video e achei esquisito. mas ce la vie.

Tbm vou postar um que fiz durante o processo educativo na bienal.

é isso aí, beijão!



TURISMO ALI NA COZINHA ME PERCO MUITO


EXPERIENCIA DO FLUXO EM LUGAR NENHUM


NAO POSSO FAZER UM AUTORETRATO



14 outubro 2010

SANTIAGO SIERRA

artista espanhol

http://www.santiago-sierra.com/200707_1024.php


um site que te faz ficar puto da vida e depois te faz achar incrivel... te obriga a prestar atençao. achei bem diferente do que ja havia visto até agora em materia de site de artista!

muitos trabalhos interessantes

10 outubro 2010

novos relogios!

FLICKR ATUALIZADO em 10/10/10

confira o slide show com as novas fotos aqui

cidade de são paulo
e a vida segue...  flagra de jovem sendo enquadrado pela PM na consolação, acabou dentro da viatura com direito a derrapada e curva acentuada ilegal à esquerda (o que terá feito o rapaz? existido?)

.

06 outubro 2010

dois pesos...

Dois pesos...

por Maria Rita Kehl (psicnalista e ex-colunista do Estadão - demitida depois da publicacão desse artigo no jornal)

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

Billie Holiday - Love me or Leave me

05 outubro 2010

POVOS ORIGINÁRIOS POSSUEM O MESMO DIREITO A COMUNICAÇAO

ARGENTINA: Povos originários também tem direito de falar. Isso é liberdade de expressão pra valer. Não confunda liberdade de imprensa com liberdade de empresa.

"Achei maravilhoso saber que na Argentina realmente estao democratizando os meios de comunicacao e que os indígenas poderao ter um canal de televisao e iguais direitos de produçao de filmes e programas para TV. O filme de divulgacao é muito bem feito....vale a pena assistir....está em diversas linguas para alem do espanhol...em Guarani, quechua, aimara, mapuche etc.




bem, temos que adimitir que de cinema e de consiencia politica os argentinos realmente sao melhores que a gente!
hahaha"

Beijos em Guarani
ANITA Moreira

30 setembro 2010

Reciclagem

Aqui em Portugal há um programa de incentivo à reciclagem, do qual eu apoio muito.
Por todos os cantos vê-se os "ecopontos", do metrô às calçadas das ruas comerciais.

Realmente não há desculpas para não fazê-lo.

E aqui uma propaganda atual sobre a Sociedade Ponto Verde, "patrocinadora" deste projeto.


29 setembro 2010

Preconceito Lingüístico: Brasileiro não sabe português. Só em Portugal se fala bem português

As línguas são diferentes. Elas sofrem variações diacrônicas (conforme a época), diatópicas (conforme o lugar), diastráticas (conforme a classe social ou especialização dos falantes) e ainda conforme a situação (formal ou informal).

Apesar de tudo isso, se a língua estabelecer um canal de comunicação entre os falantes, ela já desempenhou o seu papel. E eu até poderia terminar esse texto por aqui.

Mas eu preciso dizer que, a mania quase doentia que o brasileiro tem de se diminuir perante o resto do mundo, dá origem a mais esse mito sobre a língua. Só em Portugal se fala português corretamente.

Meus amigos, nós somos sim uma antiga colônia de Portugal, mas um abismo lingüístico de 500 anos de evolução e quase um século de independência separa nossas línguas.

Diante disso, eu pergunto: por que as pessoas ainda insistem em dizer que os portugueses são os verdadeiros “donos” da língua? Por que uma língua independente, com sua própria gramática e regras, como o português brasileiro, continua a ser vista como inferior à outra?

Me digam se isso acontece com o inglês americano? Afinal, eles também foram colônia da Inglaterra. Por que o inglês da Inglaterra não é muito mais bonito que o inglês americano?

O português de Portugal é diferente do português do Brasil, assim como o português do Cabo Verde é diferente do português de Moçambique, e não é nenhum acordo lingüístico que vai mudar isso. Estamos falando de culturas diferentes, de povos diferentes e de situações sociais diferentes.

A gramática (ou os gramáticos) só precisam entender que frases como “Você viu ela chegar” ou “Eu conheço ele”, são construções totalmente comuns ao português brasileiro. A um falante — ou mais ainda, a um aluno — não devem ser impostas regras que simplesmente não fazem parte da realidade de NENHUM usuário da língua, portanto, totalmente artificiais, numa tentativa inútil de fazer nações que estão a 10.000 quilômetros de distância, falarem exatamente do mesmo jeito.

Referências

BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo – SP, Edições Loyola, 2002, 18 ed

---------------------------

E um comentário:

Ontem estava numa loja de livros, aqui no Porto, quando me deparei com uma senhora dizendo. "O pá, mas no Brasil, lá se tem um português estragado!", e quando perguntei a ela se ela concordava com aquilo, disse-me convencida:

"Quem foi que descobriu o Brasil? Portugal! Pois somos nós que dominamos a língua, a língua é portuguesa".

---------------------------

E outro comentário:

Frases do dia-a-dia

"Nunca fui a Nuruega, mas gostaba de ir"

"A pixina tá bazia".

---------------------------

Planos:

Vou fazer um pequeno recorte de como os habitates do Porto e Lisboa falam, só para terem uma idéia.
Assim que tiver uma câmera filmadora...

27 setembro 2010