03 fevereiro 2011

Hoje eu acordei na cidade errada.

Não era Porto, mas a cidade do meu coração. Nela eu vi os edifícios tão cinzas e mal-cuidados e as pessoas que eu tanto amo.

Veio-me uma, depois duas, três em fotografias desfocadas seguidas de dez milhões de desconhecidos.

Eu pensei no caos, na violência, no dinheiro colorido - e tão triste! como se quisesse se convencer de que é capaz de vencer às belezas das gentes.

Eu pensei no calor, no vapor que sobe e toma forma visível no asfalto esburacado e no quanto eu amo e tenho preguiça de tudo isso.

Hoje eu acordei na cidade grande, sentado numa esquina de bar, delirando com sua insensatez.

Quanto sentimento cabe dentro de mim.

As vezes duvido que ele fica aqui dentro. É tão grande que desconfio que perambula por aí, à toa. Num dia de sorte, como hoje, nos encontramos e me sinto tão grande em mim e tão pequeno perto dele.

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