30 março 2009
pequeno cidadão
o projeto conta com taciana barros edgard scandurra (vulgo mae e pai de mim) o arnaldo antunes e o antonio pinto (que fez, por exemplo, a trilha do cidade de deus). sem contar a participação de todos os 12 filhos (por ai). Duvido alguem acertar qual é a musica que eu fiz! beijo tchau
http://www.myspace.com/pequenocidadao
25 março 2009
O Brasão da Cidade
Tudo o que nela surgiu de lendas e canções está repleto de nostalgia pelo dia profetizado em que a cidade será destroçada por um punho gigantesco com cinco golpes em rápida sucessão. Por isso a cidade também tem um punho no seu brasão.
Franz Kafka - Narrativas do Espólio
Tradução de Modesto Carone (direto do alemão)
14 março 2009
O animal mais forte do mundo
Dia(s) 27/03, 28/03, 29/03
Sexta e Sábado, às 21h; Domingo, às 18h
A companhia de Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira estreia a nova coreografia inspirada em festejos da cultura popular em fusão com o balé clássico e a dança contemporânea. O espetáculo é a segunda fase de um processo da dupla dividido em três obras: a primeira foi O Nome Científico da Formiga, que estreou em 2008, e a última fase está prevista para 2010. O elenco é formado por Ana Catarina Vieira, Ângelo Madureira, Ana Noronha, Carolina Coelho, Eduardo Fukushima e Luiz Anastácio. O espetáculo conta ainda com iluminação de Juliana Vieira. Direção de Fernando Faro.
(tá chegando... o que será da continuação do tão bem recebido 'Nome'? Quem for, verá... quem não for, que aguarde comentários)
arte no apartamento
http://projetoapartamento.blogspot.com
(enviado pela Marina Marchesan, integrante desse projeto)
Nekrópolis
Um dos exemplos disso é, sem dúvida, Nekrópolis, a nova peça da Escola Livre de Teatro (ELT).
Incrível é ver pulsar tanta criatividade num só trabalho. Inúmeras novas linguagens teatrais, musicais, poéticas dividindo o palco, muito bem exploradas. Tantas sacadas, que martelam e culminam no que o país precisa: discussão, cultura. Cutuca a ferida que estanca como gangrena. Nos faz lembrar quem somos: humanos.
(ver informações sobre a peça no http://blogestradafora.blogspot.com)
Indeciso
Sem ter hora pra acordar
Puxa logo esse edredon
Vem comigo se enroscar
Eu prefiro não sair
E curtir teu aconchego
Ai, faz um cafuné em mim
Me cutuca se eu roncar
Que eu vou me esfregando em ti
Até você cochilar
Esse frio não é ruim
Faço assim a noite inteira
ai, ai, ai...
Ai, você não sai daqui
Ai, eu quero descançar
Ai, curtir minha solidão
Sem ninguém pra me amolar
Ai, você já pode ir
Tchau, fica com Deus, um beijo
Ai, eu não sei o que dá em mim
Não sei o que quero mais
Só me meto em confusão
Não sei como me livrar
Ai, não sei me decidir
Escolher o que desejo
(da Geração SP - geraçãosp.com.br - para quem ainda acha que SP não é criação artística, esse grupo - conhecido por acaso)
Carta do Pantanal
(extrato de carta da Tais, de 8 de Março, de Corumbá)
12 março 2009
Le Roi A Fait Battre Tambour
Diz-se aludir ao Rei Sol, Louis XIV, ao mesmo tempo que seus personagens são reais.
O que mais gosto é o diálogo fixo "5 por 5", entre o Rei e o Marquês. Enquanto o Rei ordena, a batida é seca; enquanto o Marquês reclama é suave e triste.
Le Roi a Fait Battre Tambour, ou, O Rei Ordenou que Rufassem os Tambores.
Le roi a fait battre tambour
Pour voir toutes ses dames
Et la première qu'il a vue
Lui a ravi son âme
Marquis, dis-moi, la connais-tu?
Marquis, dis-moi, la connais-tu?
Qui est cette jolie dame?
Le marquis lui a répondu
Sire roi, c'est ma femme
Marquis tu es plus heureux que moi
Marquis tu es plus heureux que moi
D'avoir dame si belle
Si tu voulais me l'accorder
Je me chargerais d'elle
Sire si vous n'étiez le roi
Sire si vous n'étiez le roi
J'en tirerais vengeance
Mais puisque vous êtes le roi
votre obéissance
Marquis ne te fâche donc pas
Marquis ne te fâche donc pas
T'auras ta récompense
Je te ferai dans mes armées
Mon maréchal de France
Adieu ma mie, adieu mon coeur
Adieu ma mie, adieu mon coeur
Adieu mon espérance
Puisqu'il te faut servir le roi
Séparons-nous ensemble…
La reine a fait faire un bouquet
La reine a fait faire un bouquet
De jolies fleur de lys
Et la senteur de ce bouquet
A fait mourir marquise…
Em português, a letra vai mais ou menos assim:
(tradução própria)
O rei ordenou que rufassem os tambores
Para ver todas as damas
E a primeira que viu
Capturou-lhe a alma
Marquês, dize-me, a conheces?
Marquês, dize-me, a conheces?
Quem é esta bela dama?
E o marquês lhe respondeu
Senhor rei, é a minha mulher
Marquês, és mais feliz que eu
Marquês, és mais feliz que eu
Por teres tão bela dama
Se desejas ver-me feliz
Eu me incumbirei dela
Senhor se não fôsseis o rei
Senhor se não fôsseis o rei
Já me haveria vingado
Mas como sois o rei
A vós serei obediente
Marquês não te aborreças
Marquês não te aborreças
Terás tua recompensa
Far-te-ei junto ao meu exército
O Marechal de (minha) França
Adeus minha querida, adeus meu coração
Adeus minha querida, adeus meu coração
Adeus minha esperança
Porque a ti servirás o rei
A modo a nos separar...
A rainha ordenou que fizessem buquês
A rainha ordenou que fizessem buquês
De lindas flor-de-lis
Cujo olor de tais buquês
Fizesse matar uma marquesa
08 março 2009
06 março 2009
O amor
Poética filosófica ou Estética hermética (ou...?)
(Extrato de um texto que ainda não existe)
France, deux esquisses
Mas vi que não era nada - o amor se foi e segui eu, sozinho, mais um pouco.
Faz que cai mas não cai
O calor continua
O vento faz que venta mas só confunde
Faz barulhos nos galhos
Os passarinhos devem estar em suas casinhas
Já não fazem mais a folia costumeira
-Os pássaros são mais alegres que os franceses
Mas eles têm muito mais medo...
Devem estar escondidos, no escuro
Preocupados com o barulho e o frio
(que os assustam)
úmidos
Pensando em nada
Se eles pensassem, pensariam:
No frescor do dia seguinte
no orvalho do dia seguinte
no céu azul do dia seguinte.
Pensariam em dormir logo
para acordarem em família e a salvo
para se prepararem para a folia do dia seguinte...
A chuva toca as folhas, mas não chega ao chão
muito menos refresca,
neste meio de verão
Francês.
(Agosto.2009 - Toulouse)
01 março 2009
Doença Crônica
No meio do passo rápido, (num dia daqueles cheio de passos rápidos) parei e ouvi. Ué. Tá lá, eu tô aqui. Parei e ouvi. Não é assim que a música funciona? O rádio em cima da estante de madeira, detrás de uma porta de vidro, num universo que não me pertencia.
Quando se está na rua, o estabelecimento comercial encerra-se em si mesmo, impossibilitando ao passante de não-entrar. É praticamente impossível hoje, numa cidade como a cidade de São Paulo, entrar e não consumir.
Eu quebrei esta regra - e veja bem - não porque bem queria quebrá-la, mas o som não respeita linha, porta, calçada, vizinho e ouvido. Muito menos ouvido. Eu consumi o que aquele lugar havia para oferecer, querendo ele ou não.
Peguei o bloquinho (um dia de passos requer sempre um bloquinho) e anotei.
Nessa brincadeira do bloco, entre uma e outra escrita, percebi que não se tratava de uma simples curiosidade. Junto à anotação, associa-se um fiel companheiro: o Google; ferramenta primordial para qualquer ser urbano, proporcionando o descobrimento de qualquer música, seja lá qual for, se uma frase o tiver, e em questão de segundos você já a está ouvindo seguidamente, como que decorando o refrão, ou vendo o clipe no youtube.
A internet cresceu comigo. Neste tempo anotei cinco mensagens de texto, dezena de frases, uma quinzena de folhas. O recheio delas permanece intacto, até o momento em que se clique "search" e à partir daí o mundo desdobra-se do papel, sai do 2D.
O problema é que a lista vai tornando-se cada vez mais ampla, e o meu "momento-google" cada vez mais curto. Enquanto isso, o caderninho vira uma colcha de retalhos, esperando o momento certo para esvaziá-lo, de tanto peso e de tanto som que ele carrega.
Vai mais uma do caderninho. Dessa vez, de um amigo meu, que cantarolou, assim como quem não quer nada. Mal sabia ele que estaria no caderninho algum tempo depois.
Será que o Google pode achar a cura pra isso?
Gero Camilo - Vai Desabar