25 maio 2009

Analfabetismo escrito

Óleo na máquina e pau no gato. Anda, bora (re)começar a escrever. Que preguiça que nada, agora ninguém vai me segurar. Solto a língua, desenrolo os dedos no teclado e o som das palavrinhas se formando já me preenche a alma de um estranho e perigoso prazer. Cigarro no dedo, costas se aprumando na cadeira, bora que o mundo não espera ninguém.
Eita espera que aqui dentro tá difícil de exprimir por mais que se esprema custa sair. É valioso demais ou é falta de assunto que corrompe neste exato minuto ou dias ou meses que já não me aguento. Que não me faço entender, já sei não mais explicar o quê. Acontece.
Acontece.
Sempre acontece assim: que num dia sem mais, sei que dia não, dia sim, dia não, dia assim, é isso que dá deixar a cabeça governar. Instrumento falho é a cabeça. Precisamos mais é de outras coisas mais. Outros órgãos estimulantes, incensos, ansiolíticos, calmantes naturais. Controlar quem nos controla a torto e a direito.
Não peço desculpas pelo texto em frangalhos tenho mais é que expressar antes que me engulam nessa vida.
Que o leitor se deixe diluir, se deite, degole, deguste-me. Leitor é pressas coisa mesmo.

Um comentário:

Chico disse...

ufa! e eu pensando que o desacato com este lugar público era só meu!

Trago-o aqui como um vício, uma pequena dose de café a ser consumida, preferivelmente diariamente.

Teremos nós alguma reação alérgica perante à ausência de postagem?

Ó Revelia, salve-nos!