11 novembro 2008

Museus para quê mesmo?

A resposta para essa pergunta-título sempre é: para guardar as obras originais; o que levanta uma outra: então o museu é um depósito?
Por que não colocar as obras, mesmo sendo cópias, nos muros da cidade? Imaginem que interessante, ruas com quadros modernistas, outras com obras impressionistas, e numa outra uma mistura de tudo isso. Por que não? Arte para todos. Os resultados seriam incríveis. A arte é viva, suscita discussões. A arte é nossa.
Os museus tiveram sua importância histórica, reconheço, mas agora os tempos são outros e os museus são cada vez mais burros, inúteis, ultrapassados e perderam o papel que tinham e costumam, atualmente, levar o público contra a própria arte – tamanha falta de nexo em ver uma arte em estado mórbido: enfileirada, fria, pronta para o abate, consumista.
A arte não pode mais sofrer com a prisão dos museus, pois ela é vida e escorre na direção das pessoas. Arte pede arte, convívio, criação, discussão. Não paredes brancas, filas para pegar e pagar o ingresso; alinhamento milimétrico com alarme de segurança e temperatura ideal de conservação.
Protegem a arte contra quem? Contra a sociedade que a produziu? Sinceramente, não entendo...

Um comentário:

Clarice disse...

que bom que alguém conseguiu escrever uma coisa que eu achava, sem saber que era exatamente isso.
muito bom, lu.