"O lance é que a gente vive uma época que tem muito esse negocio da junção da arte e da vida, que é um tema moderno, forte, um tema do Baudelaire; o dândi é isso, o dândi é um cara que tenta juntar arte e vida; e que foi indo e que foi indo, virou um blá, blá, blá sem fim.
O chato é que a junção de arte e vida deu vida, entendeu? Quer dizer a arte que ficou parecida com a vida e não a vida parecida com a arte
Aí isso foi um apequenamento, em vez de um engrandecimento. Quer dizer, a gente precisa lembrar hoje em dia que a arte é diferente da vida, que é legal da arte que ela seja diferente da vida.
Especialmente a arte brasileira que está nessa tecla infindável, do que vem do grande Helio Oiticica e da grande Lygia Clark e dos outros, mas que deu uma coisa dominante, tétrica, como se o Sérgio Camargo, o Amílcar, o Volpi fossem caretas. Quer dizer... Como se fossem artistas menores, enfim, uma coisa muito louca...
E como se o Hélio não tivesse as cores que tem, não tivesse os elementos formais que tem, fosse alguém que diluiu...
Teve um cara que quando pegou fogo, um maluco lá de São Paulo, na Folha de São Paulo, escreveu assim que era realmente a realização do conceito dele porque afinal
cada um faria o seu parangolé, entendeu? Maluco!"
em entrevista http://www.youtube.com/watch?v=PDSO6QlNEMQ
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Um comentário:
o galvão não passa de um curador chatão mesmo
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